terça-feira, 1 de setembro de 2009

O último filme que assistí: O Anticristo



O Anticristo de Lars Von Trier é um filme perturbador. Sou fã do diretor dinamarquês desde que assisti Dogville. Sua forma criativa de dirigir, com um roteiro social que é um tapa na cara me intrigou bastante para querer conhecer toda a obra dele. Assim, quando O Anticristo, seu primeiro filme de terror, foi anunciado, fiquei bastante excitado com as possibilidades.

O filme começa com um casal (sem nome) em uma intensa e explícita cena de sexo, enquanto ao mesmo tempo ocorre um trágico acidente que vai mudar a vida deles para sempre. Seguindo o acidente, marido psicólogo tenta de todas as formas recuperar a esposa da profunda e longa depressão causada pelo luto. Em mais uma tentativa de ajudar a mulher, o casal isola-se numa cabana na floresta apelidada de Éden, lugar em que seu relacionamento será analisado e tomará rumos inesperados.

Por boa parte da película, nem mesmo parece ser um filme de terror, lembrando muito mais um drama familiar de um casal tentando superar uma perda. Mas quando a terapia parece estar funcionando, as coisas começam a ficar menos claras e a floresta ao sei redor começa a mostrar sua crueldade. Mas dificilmente é do modo como o espectador espera. E o que a princípio era um filme parado transforma-se numa obra de violência intensa, criativa e bastante gráfica.

O Anticristo não é um filme fácil e possui um roteiro que nem sempre é muito claro em suas intenções, e é completamente diferente de tudo o que já ví num filme de terror; as cenas mais grotescas certamente ficarão na cabeça do espectador por um bom tempo. E grotesco é a palavra chave aqui. Resumindo, o filme é uma mistura de Zé do Caixão com David Lynch. O público acostumado a velha forma holywoodiana certamente vai odiar, mas é um filme que vale a pena ser visto, por sua originalidade e crueza.

Nota: 7,5

Trailer do filme:

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O último livro que lí: O Inimigo do Mundo



Muitos anos de mercado fizeram com que a extinta revista nacional de RPG, Dragão Brasil, possuísse um rico conjunto de aventuras e cenários. Para comemorar a quinquagésima edição, os responsáveis pela publicação decidiram englobar todos estes cenários e criar o universo de Tormenta. Logo Tormenta se tornou (segundo seus criadores, pelo menos) o mais jogado sistema de RPG do Brasil. O cenário criativo e rico angariou um legião de fãs e até rendeu uma das mais bem sucedidas série de quadrinhos do Brasil, Holy Avenger. Anos se passaram, o cenário se expandiu, mudou de editora mas curiosamente algo continuava um mistério: de onde vinha a Tormenta, que dava nome ao jogo?

O dever de explicar a origem da praga que assola o mundo de Arton foi dada ao talentoso Leonel Caldela, que escreveu uma aventura de fantasia medieval com direito a um grupo de aventureiros de diferentes "classes" - o guerreiro, o mago, o ladino - masmorras e muitos monstros. Mas a história de o Inimigo do Mundo é mais do que isso. Antes de tudo, esqueça o mundo alegre de Holy Avenger. A Arton que Caldela apresenta é cruel e assustadora. As diferentes nações são perigosas para estrangeiros e a vida de aventureiro é extremamente violenta. Os personagens são esféricos, suas motivações são complexas e o seus passados são sombrios.

O enredo conta a história deste grupo de poderosos aventureiros e sua busca por um sanguinário assassino, que é bem mais do que parece ser. Esta caçada leva ao grupo a lugares terríveis e as consequências dela serão terríveis para o mundo todo. Sem estragar a surpresa, posso adiantar que os aventureiros serão os responsáveis (ou assim serão levados a acreditar) pela chegada da Tormenta ao mundo. Por isso não espere um final feliz.

Aqueles que não estão familiarizados com o RPG Tormenta ou a revista Holy Avenger não têm porque ficar com medo do livro. Ele é completamente auto-contido (apesar de fazer parte de uma trilogia) e não pede do leitor absolutamente nenhum conhecimento prévio deste universo. Claro que aqueles que conhecem serão presenteados com as participações especiais de algumas das figuras mais icônicas de Arton.

Falando tecnicamente, o trabalho de Caldela, se não é um primor, é muito bem feito. A narrativa é bem compassada e provavelmente vai prender o leitor num leitura dinâmica e interessante. O enredo conta com ótimas reviravoltas e a participação dos Deuses na história, sempre observando e nunca interferindo é uma das coisas mais legais do livro.

A segunda edição do livro, que saiu recentemente, conta também com alguns extras, como um pequeno making of, ilustrações e uma pequena prévia da sequência da história, O Crânio e o Corvo. Tanto este como a última parte da trilogia, O Terceiro Deus, já foram lançados pela editora Jambô e certamente serão minhas próximas leituras.

Nota: 9,5

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Último filme que assisti: Homem-de-Ferro



O ano de 2008 sem dúvidas foi o ano do Batman. Muito por conta da qualidade do filme mas também pela morte prematura do ator Heath Ledger e sua sensacional interpretação do Coringa.

Por conta disso outros dois ótimos filmes acabaram sendo ofuscados: O Incrível Hulk, que salvou a franquia do estrago feito por Ang Lee e principalmente Homem-de-Ferro.

O diretor/ator/fã Jon Fraveu não poderia ter acertado mais. A começar por sua escolha de elenco, impecável. O retorno da oscarizada Gweneth Paltrow aos filmes mainstream, um Jeff Bridges irreconhecível, Terence Howard engraçado, mas sub-utilizado e claro, Robert Downey Jr. Downey nasceu para interpretar Tony Stark. Seu jeito playboy, seu histórico como alcoolatra fizeram com que ele nem precisasse se esforçar muito. Mas o papel rendeu o retorno deste ótimo ator à mídia e aos blockbusters.

O enredo do filme é criativo, inteligente e até bastante adulto, discutindo questões bélicas e ideológicas costumeiras nas HQs mas longe do que o público geral espera de um filme de heróis. Mas além das questões séries, sobra humor e boas tiradas. E claro, easter eggs que vão fazer os fãs de quadrinhos ficarem malucos, com uma participação especialíssima de Samuel L. Jackson como Nick Fury após os créditos finais. também devemos destacar a ótima trilha sonora que começa com Back in Black do AC/DC (antes daquela propagandinha chata) e termina com o óbvio mas indispensável Iron Man do Black Sabbah

Homem-de-Ferro é tudo o que se deve esperar de uma boa aventura: ação na medida certa, enredo inteligente, bom-humor e boas interpretações, além de efeitos especiais competentes.

Assita (ou reveja) este filme e junte-se a mim na contagem regressiva para Homem-de-Ferro 2.

Nota: 9,0

Trailer do filme

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O último jogo que joguei: Naruto Ultimate Ninja Storm




Naruto Ultimate Ninja Storm para PS3 é um ótimo jogo, desde que você seja fã do anime Naruto. Como este é meu caso, fiquei bastante satisfeito com o jogo.

Apesar de ser um jogo de luta, o modo para um jogador funciona como uma espécie de mini-GTA onde você anda pela bem-construída cidade de Konoha atrás de missões que contam a história da primeira fase do anime.

As lutas são divertidas e apesar do controle ser bastante fácil, há um divertido nível de desafio. Quase todos os personagens da primeira fase do desenho são jogáveis, então dá pra se divertir bastante com o Terceiro Hokage, Uruchimaru, Jiyraya e até o Naruto Chyubi além de outros personagens mais apelões. A movimentação dos lutadores está perfeita e os gráficos dão agua na boca, principalmente durante as animações dos Ultimate Ninjutsus. Algumas das batalhas contra chefes também são muito interessantes, como a batalha final contra Gaara.

Além das lutas, a outras coisas a fazer em Konoha, como colecionar ingredientes para ramen, abrir novos poderes para os personagens e alguns minigames divertidos, como a corrida nas árvores.

Quem não é fã da série pode ficar um pouco perdido na história - poderia haver mais filmes contando a história do anime - mas ainda assim participará de lutas bastante divertidas. O jogo é bastante longo e você vai passar um bom tempo na frente dele.

Nota: 7,5

Trailer do jogo:

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O último jogo que joguei: Batman Arkham Asylum (Demo)



Batman Arkham Asylum provavelmente é o primeiro jogo a fazer juz ao Homem-Morcego. O demo do jogo apresenta parte da primeira fase, que mostra o Coringa tomando conta do Arkham e criando o caos, enquanto o Batman entra no hospício para detê-lo.

Os gráficos usam o já batido Unreal Engine, e as vezes são muito bons, mas nemsempre funcionam bem. A movimentação do Batman, por sua vez, foi bastante caprichada, num estilo de luta bastante característico do personagem. O design dos personagens também ficou muito interessante e mais sombrio que nas HQs.

O que mais me chamou atenção no jogo, porém, foi o boa utilização das características stealth do personagem e o modo detetive. Em determinados momentos do jogo, deve-se acionar este modo para que Batman analise o cenário e avalie o melhor modo de operar.

Infelizmente apenas com o demo fica difícil concluir se o jogo trás mais novidades ou se ele se torna repetitivo com o passar das fases. De todo modo, é de longe o melhor que os fãs do morcego já conseguiram no mundo dos games.

O jogo sai dia 25 de agosto nos EUA e será lançado para X-Box 360, PS3 e PC.

Nota: 8,5

Trailer:



Site oficial: www.batmanarkhamasylum.com/

O último filme que assistí: Brüno



Borat foi tão 2006.

É assim que podemos definir o novo filme do genial Sasha Baron Cohen. Desta vez saindo pelas ruas como uma bicha louca em busca da fama, Brüno mostra o lado fútil da moda, o lado travestí da américa e os absurdos de uma adoção a lá Angelina Jolie.

Verdade seja dita, o filme é mais leve do que seu antecessor. Borat era escraxado, quase violento em sua inocente visão de mundo. Brüno é mais cabeça, colocando pessoas em posições desconfortáveis - os mexicanos que o digam - mas sem ser realmente agressivo.
Borat também parecia mais expontâneo em suas confusões culturais. Brüno não convence tanto e fica sempre a pulga atrás da orelha para saber o que foi combinado e o que não foi.

Mesmo sendo ligeiramente inferior a seu antecessor, o filme ainda rende muitas risadas e Cohen consegue deixar um gosto de "quero mais" (sem trocadilhos homossexuais por favor) para o espectador imaginar qual será o próximo personagem a destruir a moral da américa. Afinal, mesmo antes do filme estrear, Brüno já havia atingido a fama. E, assim como ocorreu com Borat, morreu o personagem.

Nota: 8,0

Trailer oficial do filme:



Letterman 10 reason to watch Brüno